Existe um propósito bom em tudo isso. Eu sei por que alguém me ensinou a ver assim. Mas, hoje, eu ainda tenho um discernimento acanhado. Pequeno, como meu tamanho. E não consigo perceber. Provavelmente eu ainda não tenho malícia. Provavelmente eu não tenha esclarecido minhas prioridades. Não tenha conciso em mim os meus objetivos. Talvez, sei lá... Talvez eu esteja apenas no início do que eu vou ser, e pela pressa de ser feliz eu me cobro tanto. Atropelo tanto. Erro tanto, tanto, tanto. Tanto por burrice, quanto por ingenuidade. Tanto por pressa, quanto por vontade. Tanto por tanto, não quanto! Por tanto querer, saber, sentir. Tanto por vir. Por tanto afeto. Por mais um tanto; E outra vez tanto, tanto, tanto... São tantas as situações, as pessoas, coisas, objetos, motivos, fatos, carinhos, amigos, festas, bebidas, faculdades, família, condições, religião, regras, leis, punições, intervalos, mentiras, dores, ausências, causas, vontades, necessidades, sentimentos, sentidos, (mal) entendidos, justificativas, personalidades, gostos, abafados, estados de espírito, lugares, musicas, livros, informações, prisões, aparências, abusos, desgastes. Eu só estou exausto! Tudo caminha a um ritmo que eu não consigo alcançar (ainda). Fincaram-me. Ou melhor, eu me deixei fincar. Enterrado, encravado em um lugar, sozinho. Minha mente não expande e eu preciso fluir. Preciso estar. Leve. Tenho feito de tudo para esvaziar. Mas fica difícil quando tudo, juntamente com o que nunca importou vem assim, e você precisa administrar. Organizar. Por pra fora. E continuar. Continuar é muito difícil quando se está cansado. Tudo parece repetitivo. É a mesma agonia sempre. O que eu preciso é de ajuda. Poxa, cadê você que não chega?