Morrer não dói, segundo cazuza. E depois de ter parafraseado isso em uma conversa alheia, em uníssono eu escutei que quando cazuza escreveu isso, ele não estava morto. Não sei como é, mas, eu precisava contestar por que acho de certa forma um pensamento bonito. Então pensei em todas as possibilidades que consegui para as diversas formas de morrer, ainda estando vivo. Sabe o que é? Às vezes a morte acontece todos os dias e você nem percebe. Devagar. Numa posse sutil. Sem dor. E eu tenho como fundamentar isso. Porque um dia, acordei sem saber explicar aonde foram todos esses anos. E até agora eu não sei. Hoje dói. Mas, enquanto verbo, não doeu.