domingo, 9 de agosto de 2009


Chega de fábulas. Contos. Estórias. Histórias. Fantasias. Chega de especular. De cantar. Planejar. Errar. Chega! Chegam a mim idéias. Absurdos. Devaneios. Vontades. Chegam a mim saudades. Desejos. Afetos. Afago. Contratos. Atritos. Chegam a mim conflitos. E de novo fábulas. Mais Contos. Mais estórias. Mais histórias. Mais fantasias. Que chegam em mim todo dia. Por minha cabeça que não pára. Por pessoas que passam aqui. Em mim. Ali. No mundo. Reflexo fraco de um pensamento profundo. Profundo passado. Passado eu. Presente eu. Futuro meu. Meu destino. Que outrora tracei, quando ainda menino. Já não era sem tempo para dar um nó nisso. Passar a limpo. Transcrever. Reescrever. Atualizar. Qualquer coisa. São anos, algumas coisas mudaram. Deve haver um sentido maior. Outro contexto. Um plano “B”. Uma saída. Uma alternativa. Qualquer outra coisa. Eu sei que tem. Ou ao menos eu saiba. Eu guardara em algum lugar e não me recordo onde. Talvez seja esse o pecado da confiança. Livrar-se do que tem às mãos, pés, corpo, pensamento... Ter o maior espaço possível livre. Para acreditar com mais força. Para caber mais coisas. Mais momentos. Papeis de bala. Desenhos. Recados. Entrada meia no cinema. Livros. Lanches. Dias, semanas, anos... O grande pecado é esse: Acreditar. Que daria certo. Que seria sempre. Contínuo. Concreto. Bonito. Intenso. E nem era. Nunca foi: como agente pensou, acreditou, planejou, imaginou, viveu, sentiu, ouviu, falou. Ainda não é. Nunca será. Quem de nós carregaria tal fardo? Assumiria egoísmo? Aceitaria o ridículo? O passado. A fraqueza. Quem largaria mão de ser o mais nobre? O maior. O menos rude. O correto. Ninguém.

Eu penso. Tu pensas. Ambos concordamos.

Não há o que ser feito do que foi mal feito. Não há o que ser investigado. Interferido. Concordado. Persuadido. Não há. Foi uma mentira bonita que nos alimentou por anos. Anos poucos. Pessoas tolas. E de resto, nada. Nenhum sopro de qualquer coisa. Nem de raiva, rancor, angústia, nada. Nada de nada. Só um eu e você distante. Outra vez ou por mais outra mentira, não sei afirmar. Eu não quero afirmar, na verdade. Brincar de verdades absolutas já fraturou tantos ossos, tantas pessoas, tantas relações. Tantas dores. Eu prefiro definitivamente não afirmar.

[ou não ser redundante]

[ou não ser tolo]

Ou ser nada. Ou ser bem grande, ou nem ser. Ou ser ninguém. Ou ser sozinho. Ou ser cruel. Ou ser fraco. Ou ser frio. Ser frio e nevar, ventar, chover... Para dentro e pra ninguém ver. Por mim mesmo. Para mim. Para me acalmar. Para eu sorri. Um sorriso pintado de branco. Daqueles de fechar os olhos. Como antes. Como era. Como não vou ser. Como também não vou negar que fui. Que vivi. Que alegrei. Que ri. Que acreditei. Que não será igual. Não serão fábulas. Nem contos. Nem Estórias. Nem Histórias. Tampouco Fantasias. Nem será didático e também não deixaremos de ser, por isso, seremos! Seremos um e outro com tudo o que coube e foi possível acumular. Tudo o que o vago erro da confiança permitiu carregarmos. Tudo o que a gente quis. Tudo o que a gente se disponibilizou, pode, ou se propôs. Tudo que a gente fez. Junto. Afastado. Para o outro. Contra nós. A gente foi e é, tudo o que a gente quis. Não nos contrariemos, para que assim seja, o que eu quero. Ao sabor do acaso e á distancia de qualquer mentira que você queira contar.

Somos cada um, agora.

Criatividade para o que virá aos sutis rumos que a história tomou.

Mais chá, por favor, eu preciso realmente degustar isto...



PS: CFA certamente diria: “Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis."

3 comentários:

Gabriela Guimarães Cavalcanti disse...

Isso! Deve haver um plano B!

duas disse...

você com certeza não lavou as mãos para escrever, já diria o caio. o MEU caio =D

duas disse...

e esse negócio de comentário com aprovação é MUITO celebridade virutal.
prontofalei