O meu pensamento não quer parar. Por mais distraído que pareça, seja ou esteja. Ainda que seja muito lento o caminhar, ou que a rua esteja extremamente movimentada. Por mais que eu esteja prestando atenção em elefantes coloridos que ninguém mais ver. Por mais distraído que pareça ser. A vida não passa despercebida.

Nunca.

Não importando o quão alto eu esteja. O quão depressa eu corra. O quão frustrado seja. A vida alcança-me. Apenas me confirmando que eu não sei nada sobre viver.

Mas, ainda assim, eu vivo.

Eu arrisco.

Eu complexo.

Eu monótono.

Eu calmo.

Eu constante.

Eu variável.

Eu feliz.

EU vivo.

Eu de tantas maneiras...

Mas, principalmente, eu tentando.

Tentando não errar, não cair, não voltar. Eu tentando compreender por que insisto nisso se compreendo tão pouco. Se pareço tão pequeno. Se ainda sou tolo. Se não sei dedilhar. Se não percebo o olhar. Se não tenho você. Se eu sou um grande redundante. Se eu queria um amor. Queria mesmo, qual o mal? Eu ainda vou comer do amor! Na panela e feito em casa. Preparado por mim e outro alguém que assim, disposto, queira também. Tentar. Permitir. Sorrir. Viver.

Viver DIAS lindos, sobretudo.

Dos Dias mais quieto aos Dias mais a alegres. Por todos os dias até eu crescer. Alguém que ensine ou entenda melhor que eu o termo, viver. Alguém que me aperfeiçoe. Que me proteja de mim mesmo e me torne capaz de enfeitar o Dias.

Para que depois, dia após dia, eu possa mostrar Dias lindos.

É que eu tenho isso em mim. Que no fundo, no fundo, ainda que, distante de tudo: Todo mundo está sujeito ao amor...

O tempo todo.

Todos os dias.

MaelsonDias.