quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sempre que escrevo com tristeza, tenho o texto como um fragmento. Uma lasquinha do meu coração que acabara de se soltar. Saíra de mim. Quem me lê, percebe que sou minuciosamente fragmentado. Tenho facilidade de “soltar” o que em mim é triste. Tenho acumulado situações sangradas, cicatrizes “semi-fechadas”, partes podres. Seria assim? É assim. Eu tenho dificuldade de perdoar. E quando é para correr atrás, eu não tenho pernas. Passaram-se meses, e depois anos. São logos períodos. Doíam, doem. Não acabou. Passa, passará. Eu nunca quis fazer referência a isto, mas por ser de peixes, poderia significar algo. Deveria, talvez. Uma Metáfora, um pleonasmo. Talvez não queira dizer nada. Talvez quisesse dizer que era tão contraditório a si, ao comum. Era sonhador, ninguém negaria, mas um baú de mágoas também. Documentos sem carimbos. Validades vencidas. Nãos. Sins. Tanta coisa. 

(Texto antigo)

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